sábado, 16 de junho de 2007

O Amor na Idade Madura.



O Amor na Idade Madura.
Marcial Salaverry

Em nossa vida, sempre estamos em contato com esse sentimento mágico chamado "Amor".
Desde que nascemos. Aliás, é nosso primeiro sentimento, pois já ao nascermos apesar de ainda não sabermos definir, começamos por amar aquela doce criatura que nos pôs no mundo.

Por questão dos meses em que ficamos em contato estreito com o ventre materno, é claro que nosso primeiro amor, sempre será a mãe. Aos nossos olhos, o pai sempre será mais uma dentre as inúmeras pessoas que existem ao nosso redor, mas "Mãe é uma só" (não sei onde ouvi esta frase...).

Nas diversas etapas de nossa vida, encontramos diversos tipos de amor.
Sempre o identificando como uma sensação de bem querer algo ou alguém.
Aquele bem estar que sentimos quando estamos perto de alguém, quando brincamos com aquele joguinho favorito, quando estamos com nossos animais de estimação.

Enfim...
São amores os mais diversos, mas sempre é aquela sensação de bem estar, de bem querer, que irá nos acompanhar pela vida inteira. Principalmente o tão falado, comentado, desejado e algumas vezes criticado amor entre pessoas, de sexos diferentes, ou não.

Basta que seja aquele amor que exige o contato físico.
Aqueles que não é apenas um dos muitos amores que sempre tivemos e ainda terão, mas sim, o dito cujo AMOR. É um amor que exige uma atenção e cuidados especiais. Temos que compreendê-lo, para não o vermos fugir.

Há que se respeitar e muito esse sentimento tão necessário para nossa vida.O amor quando chega, não pede explicações, nem tampouco se explica, ele não escolhe idade, simplesmente chega, e vai ocupando seu lugar de destaque no coração (na realidade é no cérebro, mas convencionou-se culpar o coração pelos sucessos ou insucessos do amor).

Quando somos jovens não medimos as conseqüências, simplesmente amamos, e nos entregamos ao amor... E muitas vezes quebramos a cara pela afoiteza... Mas...

São coisas da juventude, que deve ser vivida em sua plenitude, com todos seus riscos.
E quase sempre descompromissadamente.
Se perdermos um, logo conseguiremos outro, até encontrar um que possa ser chamado de definitivo, ou quase...

Então, acreditamos nele, sentindo sua intensidade, e é quando firmamos compromissos, considerando-os como definitivos. Muitas vezes nos decepcionamos, choramos, sofremos, e não pensamos muito em terminar relacionamentos, sempre na expectativa de que o próximo poderá ser melhor.

Agora, quando se sobrevive a isso tudo, vem a melhor parte, mas pode ser uma das mais perigosas, pois tem que ser muito bem entendido muito bem curtido e vivido. É o amor na idade madura. Já se passou por inúmeros percalços. Dificuldades de toda sorte foram enfrentadas e superadas.

Mas temos que aceitar as mudanças que o amor apresenta ao se chegar nessa faixa etária, pois o amor na idade madura é feito de muita ternura, muito companheirismo, muito bem querer, muito carinho. Aquele ficar de mãos dadas, passeando, conversando e mesmo na cama, vivendo um sentimento gostoso de carinho imenso.

Mas isso tem, que ser aceito por ambas, as partes.
Tem que haver uma aceitação mútua total e completa.
Só assim esse relacionamento maduro será bem vivido.

Pergunta-se, e o tesão?
Não existe mais?
Não faz mais parte dessa vida madura?

Claro que o tesão existe.
Representa uma parte importantíssima desse amor calmo, silencioso, cheio de pequenos prazeres. Como somos mais experientes, aproveitamos melhor nosso tesão, tornamos nossos momentos íntimos como verdadeiros sonhos, parece coisa de novela, mas é vivido em sua plenitude, são reais, existem, são lindos.

Conhecemos todos os segredos de nossa parceria. Sabemos como lhe dar aquele prazer que ela gosta, pois como não somos mais possessivos, sabemos nos doar sem perder a liberdade. Sabemos amar, sentimos quando somos amados.

E, por força desse amor, sentimo-nos jovens novamente, com a vantagem de que não precisamos tomar certos cuidados que antes até atrapalhavam as relações mais intimas. Apenas precisamos saber viver esse momento, respeitando as limitações que a idade nos impõe, superando-as com a força de nosso sentimento, com o poder de nosso carinho.

Assim chegamos ao amor total na idade madura...
Sabendo vivê-lo, é o melhor amor de nossa vida.





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