sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Antes da ceia de Natal


Antes da ceia de Natal
S.Bernardelli


Tudo que acontece passa e vai ficando para nós mais um aprendizado de vida. Neste Natal o que foi passado deve ser esquecido retribuindo o carinho que receber com gestos e palavras de amor...

Antes da ceia de Natal que todos nós elevemos os nossos pensamentos agradecendo a Deus pela nossa vida e por podermos estar compartilhando a nossa alegria junto dos nossos familiares e amigos mais um dia especial.

Infelizmente muitos não terão essa mesma alegria...
Então que elevemos também nossos pensamentos enviando a essas famílias luzes de paz compreensão perdão e amor, que elas possam também desfrutar um pouco dessa alegria nesse dia tão especial...
Para Deus nada é impossível, pois Ele é fonte de amor!

Que o amor e a compaixão venham encher cada coração com muita luz.
Que na hora divina cesse a violência e silencie todas as armas.
Que aproveitemos para agradecer por todos amigos virtuais e reais que conquistamos e cativamos.

Que oremos pela paz no mundo e que nós procuremos cuidar mais da Mãe Natureza, pois sem ela não seremos nada, sem ela estaremos fadado a morrer, sem ela nossos filhos, netos, jovens e crianças pouco desfrutarão desse bem precioso e gratuito que Deus nos deu.

Que lembremos sempre que a humildade é uma das grandes virtudes que Deus nos ofertou para exercitarmos todos os dias.
Que todos nós possamos nós abraçar fazendo desse abraço uma corrente de paz e amor.

Que o Natal de cada um seja um Natal de esperança, felicidade amor, união e compreensão...

Que aproveitemos nesses minutos de reflexão e oração nos questionarmos de como estamos levando a nossa vida, o que estamos fazendo de bom por nós e para os outros...

Que nesta noite tenhamos acima de tudo a consciência de que é hora de sermos felizes.
Um Feliz Natal Iluminado a todos.
16/12/2006


Esta noite!


Esta noite!
Ciducha
Esta noite fartei-me de sonhar contigo pensamentos a deriva...
Vaguei minhas mãos por teu corpo beijei teus lábios e senti que ainda estou viva!
Esta noite percebi que nossos sonhos separados são discretos pecados noturnos,as plenos de realidade,pois fazem a harmonia conveniente de nosso tempo acordados.
Esta noite derrubei tuas muralhas.
Afoguei minha carência no teu coração...
Morri mil vezes, no teu corpo me encolhi no teu aconchego e ao mesmo tempo ri e chorei tal era minha emoção.
Esta noite me perdi em ti, para sempre ou nunca mais...
Piso de leve, pés descalços, mãos vazias...
Abro a porta outro dia, sem bater para não acordar, a dor que ainda possa viver!
22/05/2006



Fortaleza


Fortaleza
Lucia Trigueiro.
Expresso sentido no tempo símbolo da fortaleza concentrando minh'alma sonhar fazendo muralha na brisa tênue semelhante condensação do vapor melodia sinfônica com energia vital fonte geradora amor que orienta farol que ilumina superfície plana acetinada infindável na memória dos homens.

Imagem mental saindo do Universo profano que viola santidade emergindo finalidade suprema do espírito humano amor imortal promessa formal manifesto ritual almejando paz exercício no direito do dever imergir em água minh'alma liquido aromático da fé.
Brasília
28.10.2006


Aos Poetas


Aos Poetas
NALDOVELHO

Não reconheço o poeta que não tenha arestas, que não tenha vivido os contrastes e que não tenha em sua bagagem muitas histórias, boa parte delas mal comportadas, mal resolvidas e, às vezes até, inacabadas...

Não reconheço o poeta que não tenha espinhos, muitas farpas e cacos espetados por todo o corpo, feridas mal cicatrizadas, cortes, desgostos que sangram toda vez que alguém toca, e que vez por outra ardem, doem...
Não reconheço o poeta que tenha perdido a coragem de tentar sempre outra vez, outra vez, e mais outra vez...
Apesar de saber que vai voltar a arder, a sangrar e a doer.

Não reconheço o poeta que não tenha vivido um drama, que não tenha se envolvido numa trama, que não tenha dobrado muitas esquinas ou que tenha como trajetória uma reta e longa linha, que não tenha sobrevivido a um feitiço, que não tenha se perdido em desvios, em atalhos, que não tenha caído em muitos buracos, ribanceiras, que não tenha arranhado todo o corpo e por força das suas incertezas, não seja meio labirinto, meio esfinge, meio esboço.

Não reconheço o poeta que não tenha praguejado, que na perda não tenha chorado, que no desencontro não tenha se lamentado.
Podia ter sido tão bom!

Não reconheço o poeta sem pecado, que não tenha caminhado errado, que não tenha se enganado, ou não tenha sido enganado, que não tenha dormido em alguma cama estranha em busca de um outro sabor.

Se não dormiu, sonhou ou então desejou!
Não reconheço o poeta que não tenha uma sombra, um fantasma, um arrependimento, frutos de um dissabor ou de um constrangimento, que seja sem conflitos, sem desgastes, sem atritos.

Não reconheço o poeta que não seja indecente, que não tenha uma boa quantidade de veneno escorrendo dos seus lábios ou guardado entre os dentes, que seja bem comportado, bem resolvido, harmonizado, que viva em plenitude, que seja feliz, sem ser hipócrita, pois todo o poeta é um louco, um buscador que se alimenta da vida, todo o poeta é o “antinirvana” e ele é como é, e ainda bem que assim é!

Aqueles que são poetas entenderão, aqueles que fingem, contestarão.
De qualquer maneira peço licença para que eu possa passar com a minha confusão.
Quero assim poder continuar semeando a busca pela compreensão.


Hei De Morrer Jovem


Hei De Morrer Jovem
NALDOVELHO

Hei de morrer jovem, na flor dos nem sei quanto anos, com as costas arqueadas pelo peso de uma vida, e as pernas enfraquecidas por trilhas, atalhos, estradas.

Hei de morrer jovem, na flor dos meus desenganos, com os olhos, assim, embaçados por conta do quanto enxerguei
e a pele toda enrugada pelo muito que semeei.

Hei de morrer certamente, ainda que permaneçam os espinhos, pois embora não te pareça, jovem ainda estarei!
Pois esta foi minha escolha, meu rito sagrado, minha lei.
Hei de morrer qualquer dia, antes que seja tarde!

Mas só quando acabarem os poemas, e tomara Deus que docemente!
Pois por mais que eu tenha pecado, Ele sabe o quanto eu amei.


O amor é sempre o mesmo


O amor é sempre o mesmo
S. Bernardelli


O amor é um sentimento muito interessante... Quando somos jovens esse sentimento entra em nossa vida como sonhos de contos de fadas... E esse jeito de sentir, esse sentimento não muda com o passar das épocas. O sonho de ser amado (a) fica sempre em cada coração.

Porém você pode estar pensando... "Que o amor vai mudando com a idade". O amor não muda com a idade e sim, nós é que mudamos com a idade, o amadurecimento nos faz deixar de sonhar da mesma forma que sonhávamos quando éramos jovens, nossos pensamentos e desejos já não são mais fantasiosos, vemos o amor com os pés mais firmes no chão, a vida com o passar do tempo vai, nos mostrando que o amor não são feitos somente de pétalas, mas que ela vem acompanhada com espinhos.

Quando sofremos a nossa primeira decepção amorosa, ficamos rancorosos, não queremos mais a amizade daquele (a) que amamos um dia, (se bem que têm alguns amores que realmente não merece), queremos vingança, choramos, enfim... Sofremos muito.

Mas com o passar da idade passamos a ver aquele sentimento que foi sofredor com outros olhos, não como uma coisa ruim, mas como algo que te fez crescer interiormente tornando-o assim, uma pessoa forte, menos sonhadora e precavida... É bem verdade que existem amores que deixam marcas profundas de sofrimento, fazendo que a pessoa se sinta insegura com medo de se envolver e sofrer novamente...

Mas aquele que sofreu com um amor, e se ele se fechar, deixará de ter a oportunidade de conhecer alguém que realmente possa valer a pena. Muitas vezes por medo de sofrer não se envolve com ninguém, no entanto, algumas vezes trombamos pela vida com sofrimentos maiores. Na verdade o amor não foi feito para sofrer, ele foi feito para trazer, prazer e alegrias mesmo depois de uma forte tempestade e ventania.
02/11/2007


Déjà vu


Déjà vu
S.Bernardelli

No primeiro dia em que eu vi seu sorriso tive a sensação de que esse mesmo sorriso algum dia em minha vida outrora se apresentou...
Talvez, num passado muito distante...

Senti um arrepio em minha pele, senti profundamente em meu coração que você um dia fez parte da minha vida...

E embora eu custe acreditar que essas minhas lembranças sejam verdadeiras, quando eu o olhei, foi o Déjà vu que fizeram que com que eu experimentasse a experiência, o fragmento de um passado...

Esse sentimento que veio instantaneamente ao meu encontro e cheios de dúvidas dentro de mim, ficou a pergunta...
Será que esse amor é verdadeiro meu?

Embora as probabilidades podem ser poucas...
Mesmos assim, olhando para você, foi bom reviver novamente esse momento, foi bom relembrar no seu sorriso, o mesmo doce sorriso daquele que um dia me fez tão feliz...
09/11/2007



Desenvolvendo A Música


Desenvolvendo A Música
S.Bernardelli

O amor é como estar em alto mar, viver em êxtase de paixão e quando tudo se acaba, tudo se desmorona...
Sentimos solidão, procuramos o ser amado, tememos ser esquecidos.

Sentimos que na nossa vida não haverá mais nada para evoluir, tudo fica estático,
e que somente nós é que sofremos.

Amar é como está em um terreno árido, escuro, sentimos medo, frio...
A vida estampa as nossas dores sem conseguirmos sair de onde estamos pedindo o calor do corpo do ser amado.

Chamamos, imploramos com lágrimas o amor, e esse vaza para dentro de nós como um oceano mesmo sabendo que cada vez que se ama, o amor terá sempre uma ponta de dor e de sofrimento, achando que somente podemos viver se tivermos quem tanto amamos por perto.
18/10/2007
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Oceano
Djavan
Composição: Djavan

Assim!
Que o dia amanheceu lá no mar alto, da paixão.
Dava prá ver, o tempo ruir.
Cadê você?Que solidão!
Esquecera de mim?
Enfim!
De tudo o que há na terra não há nada em lugar nenhum!
Que vá crescer sem você chegar.
Longe de ti tudo parou ninguém sabe o que eu sofri...
Amar é um deserto e seus temores.
Vida que vai na sela dessas dores.
Não sabe voltar me dá teu calor...
Vem me fazer feliz porque eu te amo.
Você deságua em mim e eu oceano.
E esqueço que amar é quase uma dor...
Só! Sei!
Viver!
Se! For!
Por! Você!


A Saudade Inundou Minha Alma



A Saudade Inundou Minha Alma
Penhah Castro

Quando saudade inunda a minha alma Vem como temporal lavando, limpando.
Levando de roldão minhas tristezas inúteis...
Deixando-me respirar a solidão do momento...

Traz-me de volta um passado lindo como em tela num filme de amor preenche espaços, agora vazios, que um dia, foram repletos de amor...

Embarcando nesta saudade fecho os olhos em oração fazendo-me ver um mundo lindo e, uma linda canção ouvindo...
Palavras de amor vão surgindo e, as esperanças renovando...

Meu olhar desalinhado se perde buscando nas esquinas desta grande espera, seus lábios comprimindo os meus, poemas de amor vindos da alma, jorrando como rios no papel, correndo velozmente para o oceano deste tão imenso amor...

Vejo refletido no mar da saudade Seu rosto, infinitamente distantes, suplicantes, perdidos, incontidos...

Procuro achar você no mais profundo da minha saudade porque sei que ali você está...
Quem sabe esperando uma oportunidade de me confessar à saudade de se entregar para um grande amor ainda vivenciar...



Dueto - Amores verdadeiros / Vamos Saber Amar


Amores verdadeiros
S.Bernardelli
.

Amar é viver muitos momentos de esplendor...
É ele que amanhece em dia ensolarado de primavera...
O amor é maneira natural que dá razão ao viver, é a coroa dourada que torna um homem em rei.

È em um monte elevado e ventoso, que os amantes se beijam e sentem seus corações tocarem os céus.
Amores verdadeiros...
São esplendorosos!
29/10/2007
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Vamos Saber Amar
Marcial Salaverry


Com certeza, não existe ser vivente que não queira viver o amor com amor...
E basta saber amar para consegui-lo...
O amor deve ser vivido mais com o coração do que com a fria razão, que sempre nos chama a atenção, diminuindo a gostosa sensação do amor, que dá à vida mais emoção...

Não se pode olvidar, de que o amor é um eterno doar...
Um doar em reciprocidade, para trazer felicidade...
Vidas em conflito é algo a ser evitado, vivendo com paz e amor, trazendo para vida mais calor, sabendo esse amor, receber e doar, algo que não se pode olvidar...


O quadro ideal


O quadro ideal
José Luiz Cristofoletti

Roubo do crepúsculo o vermelho do sol coloco na tela como parte da pintura transformo em tiras parte do branco lençol uso como linhas, desenhando as criaturas.

Procuro penas de beija-flor e faço um pincel mergulho no mar e risco traços verdes brotam as árvores apontando para o céu e surgem os rios onde os seres matam a sede.

Escavo a piçarra fazendo uma massa com as mãos nuas construo moradias insiro na tela e as ofereço de graça aos desabrigados para abrigarem suas famílias.

Penetro nas grutas e garimpo o metal dourado recolho os diamantes com o balanço da peneira de ouro e pedras faço a moldura do quadro finalizo a pintura dos sonhos da minha vida inteira.
Santos
13/05/06


Espelho da Alma


Espelho da Alma
Silvana Cervantes

Outrora foste carente.
Trazia no seio imaturo a necessidade em forma de ansiedade...
Mostrava no peito aberto amarguras de um tempo incerto.

Desejos desconhecidos talentos escondidos pouco reconhecidos. Então...
Conhecestes a ti mesma, foste apresentada à tua alma e gostastes do que vistes não era escura como pensavas...
Borbulhavam emoções por todos os lados, e vistes uma menina feliz, cuja cor preferida era o rosa pela feminilidade aparente
e romântica sensualidade insistente...

Ela já se escondia em ti nas vezes em que de olhos fechados, via-se nos bailes a rodopiar e de súbito eras presa aos lábios sedentos do príncipe, que tinha a face de herói dos filmes pornôs...
Gostastes!

Era tu que descobrias ao passo que escrevias...
Vistes, que na verdade as pessoas sofrem por não conhecerem a si mesmas, e por que alguns espelhos, simplesmente não podem ser comprados.
O verdadeiro espelho que reflete alma precisa ser conquistado.



Dorival Caymmi



Dorival Caymmi

Gostar de si mesmo, sem egoísmo.
Apreciar as pessoas em volta.
Cuidar da saúde mental e física.

Gostar dos seus horários.
Não ficar melancólico, mas guardar na lembrança as melhores coisas da vida.
E não abrir mão de ser feliz.
A busca da felicidade já justifica a existência.



Quando...


Quando...
Lu Ferretti

Quando estiveres perdida entre sonhos e realidades mal esclarecidas.
Quando sentires tão somente a dor da ausência confirmada de algo que partiu ou quebrou-se sem ao menos avisar.

Quando espaços vagos estiverem ao teu lado os teus passos desencontrados sem saberes o que buscar.
Fazes da tua silenciosa companhia um lírio aberto branco e puro num campo verdejante ao sabor do melhor vento, que vier te refrescar.
Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2006
Código do texto: T290545


Consciência


Consciência
Delasnieve daspet

Se pudesse ver através da máscara que é a minha face talvez enxergasse ao invés do riso e da ventura o medo invisível que atordoa.

Na vida nos habituamos ao cálice de amargura, não podemos nos esconder na sombra quieta da tristura, de nossa consciência!

O esquecimento vem preste.Cerra os olhos aos fatos, adormece a consciência magnificamente escondida no encanto.
Com serenidade perpasso um a um todos os conceitos.
Cruzo as pernas sensualmente, e nas transparências de curvas e segredos com uma taça de champagne Brindo.
Brindo as traições, as lágrimas e decepções, e sem ser teimosa não desisto.Aprendo a ser por inteiro.



Cálidas Ternuras.


Cálidas Ternuras.
Wilson de Oliveira Carvalho


Como desejo ser amado, procurado em todos os momentos, como se fosse para confirmar a realidade de um sentimento.
Como desejo ser abraçado, e de repente ter que buscar o ar...
Para respirar, e depois, como o maior desvelo, continuar amando...

Como desejo beijar seus lábios poder mordê-los, beber sua língua na maior demonstração de uma grande paixão...
Como desejo passear pelo teu corpo nu com minhas mãos, e através de apalpadelas às cegas, sentir as vibrações da fonte de desejos...

Ah! Como seria bom esquecermos de tudo que nos cerca, nos recolher ao mundo feito por nós, onde não existe perfídia a não ser, cálidas ternuras.



Circulo do Tempo.


Circulo do Tempo.
Schyrlei Pinheiro


Nada existiria na vida sem o tempo.
Ele é o grande maestro, que toca nas horas a soberana verdade nada existiria na vida sem o tempo.
Ele é o grande maestro, que toca nas horas a soberana verdade dos verbos renovadores e auxiliares que geram o som e fazem a palavra quebrar o silencio, concedendo-nos o direito de ser, e ter o exato sentido de tudo que foi escrito nas paralelas do destino, sem qualquer mistério ainda que oculto, em um ponto marcado pelo principio, eterniza-se no fim.
Reg 1142 071


Inacabado


Inacabado
Delasnieve Daspet

Ontem. Hoje. Amanhã.
Horas que passam.
Que não voltam.

Nada mais do que isso.
E a solidão só aumenta.
Silêncio total.

Nem uma folha.
Nem uma brisa.
Só meu olhar que pousa no lago de teus olhos, mostrando tanto amargor!

Quem pode explicar esta sensação de Inacabado?
Quem pode dizer da afeição que nasce assim num repente...
Quem?!

As palavras morrem, são folhas ao vento.
Um balão de gás, que se esvai lentamente, frouxamente, caindo aos pés, e tudo termina em profunda dor!
É, nada restou.

Nem mesmo a sombra à janela, que anunciava a presença.
Apenas a saudade de um amor que não chegou a ser.
Não foi escrito.
Permanecendo inacabado.



Em mim também


Em mim também
Olavo Bilac.
Em mim também, que descuidado vistes, encantado e aumentando o próprio encanto, tereis notado que outras cousas canto muito diversas das que outrora ouvistes.
Mas amastes, sem dúvida...

Portanto, meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, não conheço cousas tristes, que mais aflijam, que torturem tanto.
Quem ama inventa as penas em que vive; e, em lugar de acalmar as penas, antes busca novo pesar com que as avive.
Pois sabei que é por isso que assim ando:
Que é dos loucos somente e dos amantes na maior alegria andar chorando.


Leio-te

Leio-te
Olavo Bilac

Leio-te:
— O pranto dos meus olhos rola:
— Do seu cabelo o delicado cheiro, da sua voz o timbre prazenteiro, tudo do livro sinto que se evolua...
Todo o nosso romance:
- A doce esmola de o seu primeiro olhar, o seu primeiro sorriso, neste poema verdadeiro, tudo ao meu triste olhar se desenrola.Sinto animar-se todo o meu passado: E quanto mais as páginas folheio, mais vejo em tudo aquele vulto amado.Ouço junto de mim, bater-lhe o seio, e cuido vê-Ia, plácida, a meu lado, lendo comigo a página que leio.



Eterno


Eterno
Carlos Drummond de Andrade.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força
jamais o resgata!

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.Difícil é estar preparado para escutar esta resposta, ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém.
Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.Difícil é lutar por um sonho.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou “como vai?".
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.

Amar e se entregar.E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Falar é completamente fácil, quando se têm palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá...

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Amor Em Palavras


Amor Em Palavras
Lara Cardoso
Seja de que forma venha, através de palavras, letras, melodia intensas, único, mentiroso ardendo como fogo em lenhainfinito ou por um dia...

Do mais vil ao mais amoroso esteja próximo ou distante infinito ou derradeiro frio ou vestido de calor que apenas encantenem precisa ser verdadeiro é assim que busco o amor.
Que em palavras seja dito ou que apenas fale num simples olhar e, até que estejam estes fechados, mas que eu sinta este sentimento bendito e dele então eu confesse, que possa até gritar para que a ouça entenda, deste amor sagrado.


Paixão!... Ah Paixão...


Paixão!... Ah Paixão...
Paulo Nunes Jr

Olhei para o sol e me senti mais forte que ele, olhei para os oceanos e me senti dono dele, voltei meu olhar para a Lua e me senti senhor dela, voltei-me às estrelas e pude ver que o brilho de meu sorriso era maior que o delas, corri em busca dos vulcões e me senti mais poderoso que eles, deparei-me com maremotos e dentro de mim existia algo além do impacto deles, percorri os jardins e era a flor mais bela, entre os desertos me tornei o oásis...

Assim me senti no dia que meus olhos encontraram os teus, a minha pele com a sua, e a ti entreguei-me por inteiro sem temer a nada.

Num turbilhão desconhecido de ser dono do universo...
Que me fez sorrir diante dos obstáculos a minha frente, na sensação de entrega aos teus desejos mais profundos, um deus grego entre tantos a comandar estas forças, neste instante tornei-me alguém sem medo de nada.

Combati a tristeza com nosso amor e, com este sentimento que me tomou a alma, percorri meus dias.
Por um instante cai...
Senti-me perante o universo sem forças...

Nesses instantes, que ao gritar por você minha voz ecoava pelos vales do desespero, percorrendo sem achá-la...
Mas, logo os anjos te trouxeram de volta e minhas forças retornaram...
Refazendo este homem que hoje pode acreditar na felicidade, no amor pela eternidade.

Assim é a paixão semente que se instala dentro de nosso peito e faz crescer algo robusto e forte, inatingível, chamado AMOR.
SP-Brasil
20/08/2006


Quando o amor...


Quando o amor...
Khalil Gibran

Acenar siga-o, ainda que por caminhos ásperos e íngremes e quando suas asas o envolverem, renda-se a ele ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo.

E quando ele falar a você, acredite no que ele diz, ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos, assim como o vento norte devasta o jardim.

Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica.
Se o ajuda a crescer, também o diminui.
Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer às raízes e abala a sua ligação com a terra.

Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Transforma-o, livrando-o de sua palha.

Tritura-o, até torná-lo branco.
Amassa-o, até deixá-lo macio; e então submete ao fogo para que se transforme em pão no banquete sagrado de Deus.

Todas essas coisas podem o amor fazer para que você conheça os segredos do seu coração, e com esse conhecimento se torne um fragmento do coração, da vida.


Eu confesso!...


Eu confesso!...
Ciducha

Ao mundo, se preciso for...
Que sem você, nada sou, meu amor!

Eu confesso...
Que nas minhas noites solitárias, tento driblar a minha dor!
Eu confesso...
Não poderia suportar se um dia (quiçá) você me deixar!

Eu confesso...
Que conto os minutos esperando você voltar e nos meus braços...
Para todo o sempre, ficar!
Eu confesso!...
21/02/2007