Restos de Ti.
Marise Ribeiro
Esperava-te da sacada sempre ansiosa...
A cada instante corria para me olhar ao espelho, retocava o batom, ajeitava o cabelo, mais gotas de perfume, a franja abrindo teimosa...
Eras meu primeiro namorado, coração pulsando acelerado e apaixonado...
Naquele dia, apareceste no portão, paraste pensativo no jardim, um arbusto te encobria de mim...
Depois de um breve momento, vieste em minha direção...
Estavas diferente, alternavas comportamentos, ora falante, ora reticente...
Ficava-me a incômoda sensação de que querias esconder alguma culpa...
Hoje, o que resta de ti é aquela rosa branca em botão, ressequida, amarelada, colhida no jardim como um pedido de perdão, esquecida junto aos poemas escritos no passado, e que releio com a alma enfraquecida de quem sempre te esperou da sacada, como se o tempo ainda não houvesse murchado.
18/06/06
Marise Ribeiro
Esperava-te da sacada sempre ansiosa...
A cada instante corria para me olhar ao espelho, retocava o batom, ajeitava o cabelo, mais gotas de perfume, a franja abrindo teimosa...
Eras meu primeiro namorado, coração pulsando acelerado e apaixonado...
Naquele dia, apareceste no portão, paraste pensativo no jardim, um arbusto te encobria de mim...
Depois de um breve momento, vieste em minha direção...
Estavas diferente, alternavas comportamentos, ora falante, ora reticente...
Ficava-me a incômoda sensação de que querias esconder alguma culpa...
Hoje, o que resta de ti é aquela rosa branca em botão, ressequida, amarelada, colhida no jardim como um pedido de perdão, esquecida junto aos poemas escritos no passado, e que releio com a alma enfraquecida de quem sempre te esperou da sacada, como se o tempo ainda não houvesse murchado.
18/06/06
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