sábado, 9 de junho de 2007

Eu Te Amo Não Diz Tudo



Eu Te Amo Não Diz Tudo
Arnaldo Jabor

Ele diz que te ama...
Então ta! Ele te ama.
Assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.

Mas saber-se amada é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas, e que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, e vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai,é ver como ele(a) fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d’água.

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.

Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor”.


Saberá

Saberá...
Wilson de Oliveira Carvalho


Quando partir, saberá como dói a dor de uma saudade; e, depois, então, vai aprender que esta mesma saudade tem cor, e sobre ela vai desenhar suas histórias; saberá como é triste contar os dias e, no final, não ser lembrado por ninguém; não saberá explicar, como se permanece bêbada, sem nada beber; não saberá o por quê os olhos denunciam, que estão nadando em areia, sem que tenham chorado; não saberá relatara extensão de uma solidão, quando estiver sozinha em sua cama; perderá a noção das estações do ano, e, não terá como dizer; em que tempo chegará à primavera, pois estará sob o domínio de um interminável inverno; não terá condições de distinguir entre um jasmim e bromélias, a não ser, enumerar suas seqüelas; saberá como ser prisioneira, convivendo em uma multidão; como sendo a última, ao invés de ser a primeira; conhecerá o gosto da tristeza, quando os dias ensinarem a degustar seus indesejáveis desgostos; compreenderá, enfim, o valor de um sólido sentimento o viver na felicidade, assim como no passado, quando o seu vulto foi amado...



Amor Que Não cobra





Amor Que Não Cobra
Artur da Távola


O amor quando maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido colorido e poetizado.

Não carece de demonstrações.
Presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas.
Amplia-se com as ausências significativas.

O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.

Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio entre carne e espírito.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que jamais fermentou, criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Até o amor por Deus, amadurece quando se aprofunda e estende.
O amor, qualquer amor, quando maduro, não pede, tem.
Não reivindica, consegue.

Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz...





Meu Vício


Vício
Antonio Manoel Abreu Sardenberg

O teu silêncio me cala, a tua voz me dá vida, tua canção me embala, teu colo me dá guarida.
O teu sorriso me anima, o teu abraço me aquece.
Querer-te é a minha sina, desejar-te me apetece.
Tua presença me encanta, a tua ausência me mata.
E a saudade que é tanta!
Às vezes até me espanta o tanto que me maltrata!





Meu Jardim




Meu Jardim
Esther Ungier (83 anos)
Meu mundo é um jardim belo e perfeito.
As pessoas são boas e se encontram com simpatia.
E existe retribuição. São gramas verdes de afeto, canteiros inteiros de carinhos.

As flores tremulam com vento leve que sussurra o canto dos passarinhos.

Meu mundo é um jardim de orquídeas de amizade, que raras são!

Todo florido de lealdade.
Um mundo iluminado diferente construído em minha mente de tanto encanto e cintilação.
A Vida só gosta de quem gosta dela amigos verdadeiros são difíceis de ter, mas são também, grandes esteios na vida; em alguns momentos mais que a própria família.
Aqui estão em meu corpo tantas cicatrizes, quantas me foram dadas por circunstâncias determinadas pelo destino.

É verdade, estão no meu corpo...
Mas não na minha alma, não no meu espírito.
O segredo para viver melhor e em plenitude é saber rir, curtir os melhores momentos.
Encontrar alegria nas mínimas coisas, procurar por ela a cada segundo.
É o que sempre faço até hoje e sou feliz.
Lar da velhice israelita - Jacarepaguá - RJ




Minha Verdade


Minha Verdade
Marcoantonio.

Minha verdade é a palma da minha mão, onde as linhas traçadas mostram escaldadas as minhas emoções...
Minha vida é um momento, em que misturo o pensamento e reviro minha razão...
Não me importam as dores, nem as alegrias que sinto...
Na verdade, eu não minto e minha verdade é a mentira da ilusão...
Vou caminhando nos sonhos, procurando a melodia, para dizer só bom dia para o povo, meu irmão...
Não vivo, vegeto, não sofro, injeto em mim as penas da poesia...
Minha noite é meu dia e a verdade melodia...
Do cantar mavioso que escuto, quando paro de ouvir e medito em tudo que foi dito, quando meu coração, apenas, estava só...
E abrigava a madrugada que tingia de luto o meu dia, pois você estava longe, tão longe, que sua respiração me alcançava, mas minha mão não recebia o afago de sua mão!


Verdade


Verdade
Carlos Drummond de Andrade

A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil da meia verdade.
E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam. Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar.
Cada qual optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.





Sonhos De Criança


Sonhos de Criança
Aisha

A vela, quando acesa, derrete e desenha um lindo céu azul de parafina...
O céu acende com o sol,que em risos incandescentes,aquece a vida - em noite - da gente.
E a chama na vela cresce derretendo ainda mais a parafina, desenhando o olhar do menino no coração vivo da menina.
Ardendo em paixão a menina descalça, no céu do meu peito calça seus sonhos, nas nuvens em saudades do céu de outono.
E acende as luas, - lá na rua - penduradas em hastes de concretos - de vidro são feitas às luas -no céu de parafina, desconexo...
E a menina um outro tanto de gente, outro tanto parafina, desenha seus sonhos de criança nesse imenso jardim da vida.
01/08/2005




A Humildade




A Humildade

S. Bernardelli.


A humildade, em vez de abaixar o homem.
Eleva-o não só aos olhos de seus semelhantes, como aos de Deus.
Ninguém consegue triunfar pela arrogância.

A humildade percorre a pé todos os caminhos, acolhe flores e espinhos com a mesma atitude e com os mesmos passos percorre atalhos estreitos, quando elevada a grandes alturas, não muda o ritmo.


Não adianta decepcionar-se com qualquer contrariedade da vida...
Aceite-a.

Se não encontrar na realidade os frutos de seus sonhos trata logo de se conformar no sofrimento e provocações da vida.

Somente o homem de pouca instrução se envaidece de seus conhecimentos e confunde humildade com humilhação.

O humilde conquista a simpatia de todos e é bem recebido em toda a parte, sendo muitas vezes aplaudidas e elevadas ao lugar que merecia ocupar perante os homens.






Indagações


Indagações
Lisieux
Ai, como é triste viver sem amor.
Como me dói a dor de te perder.
Como é difícil amar e não sofrer...
Não posso te lembrar, sem sentir dor.
E se viver sem ti é triste assim então, porque eu não posso te esquecer?
Por que eu prossigo nesse padecer, por que tu insistes em viver sem mim?
Sonho acordada com a tua volta.
No coração eu trago essa revolta de não te ter aqui, bem do meu lado...
Diz o poeta que de amor se morre...Dos olhos meus essa tristeza escorre
e só tu podes alegrar-me, amado!
BH - 20.10.05



Nós Dois

NÓS DOIS
Edna Berta
Somos dois Somos um
Ou nenhum
Somos tão
E tanto
Que não sei
Onde eu começo
Só sei
Que termino
Onde começa você
Somos almas Caladas Apaixonadas
Unas Uma Nenhuma
a mais bela
Fusão
Que pode haver
Quando há paixão





quarta-feira, 6 de junho de 2007

Nestas Horas...



Nestas Horas...
José Geraldo Martinez

Nestas horas quando é quase madrugada torno-me alma vagante...
Vou lá beijar os lábios da minha amada, em tranqüilo sono repousante.
Cubro-a, sem que perceba, acompanho os seus sonhos sem fins...


Antes que eu me despeça, é a alma dela quem me beija, no aroma fresco dos jasmins!
Nestas horas quando é quase madrugada, sou alma esparramada no sereno...
Assim espero a alma da minha amada, para entregarmos juntos ao luar o amor que temos!
Nestas horas...


O poeta é o último a dormir!
Quiçá confessem as auroras, quando dele vieram se despedir...
Aos ouvidos da minha amada, quiçá, confessem as auroras!
Quando acordar em manso e belo madrigal...


Sentindo nossas almas que ainda namoram, no suave vento que beija o trigal...
Nestas horas quando é quase madrugada, onde os laranjais despencam em flores brancas, quiçá, pudesse confessar, estrela matutina, as nossas almas por muitas danças...


É nestas horas que não estou em mim, quando é quase madrugada...
Sou raio de luar, arcanjos e serafins, a zelar o sono de minha amada!
Sou alma pura, invisível figura...


Sou o homem que ama, a parte boa que Deus me deu!
Nos sonhos de minha amada sou entrega pura, sou ternura, quando embalada estiver nos braços de Morpheu!
*****
"Machucar uma mulher, em todos os sentidos... Descredencia-o a caminhar por qualquer alma feminina". (Martinez)
www.josegeraldomartinez.hpg.ig.com.br/



Para Um Ser Poeta Ser Poeta.


Para Um Ser Poeta Ser Poeta.
Marcial Salaverry

Para um ser poeta, ser poeta, há que saber observar que é preciso a poesia amar...
Ser poeta é conhecer o amor...
Ser poeta é saber amar...
Ser poeta é conhecer os segredos do coração...

Ser poeta é saber sentir toda a emoção que existe no ato amoroso...
Ser poeta é saber fazer do amor um ato gostoso...
Ser poeta é conseguir entender os mistérios do prazer...

Ser poeta é saber sentir o prazer, e entender os desejos de quem com ele está...
Ser poeta é ter a sensibilidade de atingir a felicidade...
Ser poeta, finalmente é saber simplesmente que o amor é a vida com prazer, e disso se comprazer...

Ser poeta é saber como amar...
É saber do amor falar, e o amor praticar...
www.prosaepoesia.com.br


Revés.




Revés.
Wilson de Oliveira Carvalho

Na angustia de uma saudade e ainda que minha alma peça paz, tento ludibriar a razão para poder te encontrar, te olhar e assim, amenizar o meu caminhar nesta sofrida senda, onde vivo lembrando como foi bom te amar .


Mas a dor que só maltrata não deixa o teu nome clamar, quando é tamanha a vontade de morder os teus lábios na volúpia dos meus desejos...

A realidade de meu silêncio indica que estou sozinho, convivendo intimamente com um passado de coisas mortas.
Irresistível indolência, total insensibilidade, inebriante momento sempre determinando que eu viva com a solidão, somente...


Horrível revés hoje amontoado na prateleira do empoeirado deserto de minha vida, onde nada vejo a não ser a mim mesmo ou, quando o abismo profundo permite ver a ruína do que restou...
http://www.recantodasletras.com.br/autores/wilsonocarvalho



Quem Lê O Que Eu Escrevo.

Quem Lê O Que Eu Escrevo.
Jorge Humberto

Quem lê o que eu escrevo,
Não lê o que eu escrevo,
Antes o que partiu de mim,
Julgando seu, o que leu enfim.
E se revê naquilo que eu faço,
Toma-me em seu regaço,
E é sua a dor – e vai sozinha,
Quando com ela caminha.
02/06/07




Adentrados No Meu Olhar.

Adentrados No Meu Olhar.
Véra Lúcia de Campos Maggioni
"Dedicado ao meu irmão Gastão Eduardo".

Nesse olhar permeado de esverdeado néon flutuante - azulado - acinzentado, concentrada imago em voal sedificado; - Percepção bailante e reluzente este (lar).
Vejo-te quadro de pura magnificência!


Em meu interno fitar, guardo-te intacto numa visão tão clara onde, te concedo um lugar eterno no meu altar sagrado.

Olhar de esverdeado tom-tom chamado enquanto infante, na música do seu nome já estava aclamado - meu irmão amado!

Olhos de alma adentrada no meu olhar, portais pares em beleza pura e límpida, desde sempre e para todo sempre serão; - Cintilares clarões conservados e versados.

Introspectiva visão numa serena viagem; - Refletida e íntima interpretação espelhada numa esperança, desde outrora, instada em matiz nos seus olhos de olhar sintonizados!
Escrito em março de 2006.







Caminhada


Caminhada
Aisha

Fui devagar por entre os sonhos, ou teria ido rápido demais?
Caminhei meus passos tão meus solitários marcando estradas em busca de luz,
caminho feito em breu.

Senti a saudade sem saber de quem, seria eu uma sombra sozinha que não via, o cheiro somado à vontade de um alguém ou uma voz entre colinas vazias?

E assim caminhei, a fé guardei e acreditei ser mais alguns passos e os olhos me enxergaram, de lá do alto, viram-me só e choraram a dor tão minha da saudade que sentia de quem ainda não sabia que poderia encontrar.

As mãos que me amparavam no caminho só mostraram-me os sentidos entre as curvas onde a luz me esperava...


E sorri, lábios de amor encontraram o beijo esperado e que guardava em
mim na alma que vi.

As pegadas na estrada pluralizam o amor, vivemos o que somos, renascendo a cada encontro, onde os olhos falam no silêncio dos lábios que calam os atos coroados do amor em pura emoção.


E hoje seguimos amando no puro e total amor, nos foi dado pelas mãos
que nos embalaram unindo-nos em eterno clamor.
27/05/2007




Cinderela Chorou


Cinderela Chorou
Penhah Castro

Quando você chegou a minha vida de uma forma tão especial mostrando-se amigo cuidadoso um potencial de amante ardoroso senti que muito forte eu estaria...
E, que juntos formaríamos, dois amantes sem igual...


Você me cuidou por caminhos tão lindos me levou vivi sonhos de mil e uma noites qual princesa encantada mostrando na Índia dos meus sonhos todas as qualidades que possuía...
Na Malásia encantada vivi como que tomada por uma droga fatal...


O Canadá todinho cabia no meu coração e, então me senti princesa e, você emoção...
E, era tanto encanto, tanto prazer, eternizado nas fotos que você queria bater...
Que eu pensei que havia nascido só pra você...


Encontramos juntinhos, muitas semelhanças, solidariedade, amizade, compreensão...
Um ombro amigo, sem cobranças formando uma base só de confiança!
Senti novamente o coração disparando todos os meus desejos realizando...


Em você eu depositei os meus sonhos guardados a sete chaves no cofre da minha idade...
Com você decidi apostar tudo o que eu tinha acumulado neste coração tão encantado...
O tempo foi passando, você foi se revelando, no clarão da verdade...


O que eu não percebia Era que quanto mais me doava, quanto mais me desnudava, quanto mais eu me mostrava, mais me sentia possuída, roubada...
Era como com um vampiro viver...
Com um vampiro acordar sentindo-me exigida sugada em minha energia...


Era como que estar em uma redoma...
O verbo compartilhar era tão difícil para você conjugar...
Os desafios surgiam e você fugia...
Um dia bateu a nossa porta uma emoção desvairada um ciúme doentio, que me mostrou claramente quem você era realmente...


Num ímpeto irracional você gritou seu pavor de me perder neste inferno que você criou...
Acabou! Acabou! Acabou!
Você conseguiu arrasar o lindo jardim que eu acabara de plantar...
Mais uma vez disse adeus aos sonhos tão sonhados meus...
Virei a página de um romance lindo e, que teve um final sofrido...


Pedaço Perdidos...



Pedaço Perdidos...
Zuleika

Metade de mim se foi...
Ficou no passado perdido...
Voou para onde não sei...
Só sei que quebrou minha vida...

Escondeu num canto distante...
Onde não há sol, não há luz...
Onde o frio se faz manto...
Visões perdidas da vida...

Conforta o desafio imutável, ser pedaço é impossível...
Respostas antigas ressurgem...

Descortina ante o olhar a ausência...
Da metade, à outra, inerente...
Tecendo do que foi passado, a farsa atual do presente...
J.Fora
Junho /2005



O Resto Da Minha Vida

O Resto Da Minha Vida
Silvana Duboc

Eu ainda não sei o que vou fazer com o resto da minha vida, eu ainda não sei dizer qual estrada será a escolhida.
Eu ainda não decidi que coisas vou manter e quais vou abolir.
Eu ainda não escolhi quais sonhos vou abortar, quais ilusões vou preservar.

Eu ainda não sei se até onde vivi eu perdi ou ganhei, se me expus ou me preservei.
Eu sequer sei se fui à fera ferida ou o grande carrasco da minha vida.
Eu não sei se fui amada ou, por tantas vezes, ludibriada.

Eu nem sei se os meus amores eu mesma inventei e em cada um coloquei uma paixão que eu não vivenciei.
Eu ainda não sei o que nunca ninguém vai saber, se quando o coração insiste em doer, apesar dos tombos que já levou, é sinal que em um sem vergonha ele se tornou.

A única coisa que eu sei é que coração não fica calejado, não aprende nem sendo apedrejado e sei que ele existe pra viver encurralado.
O que eu vou fazer com o resto da minha vida?
Primeiro eu preciso encontrar um ponto de partida, depois eu sigo rumo a qualquer futuro e numa altura dessas tanto faz se ele vai ser claro ou escuro.
31/05/2007




A Música...



A Música...
Marilene Laurelli Cypriano
Ahhh... A Música...
Que mistério é este que se junta ao perfume
E nos transporta pelo túnel do tempo...
Que mistério é este que não importa a época em que foi criada, mas sim o sentimento que transmite a cada um de nós...

Que mistério é este que ao ouvirmos os primeiros acordes, nossas mentes identificam alguém, uma época, um dia, um momento, um... Prazer...

Que mistério é este que nos faz viajar, que nos hipnotiza, que nos embriaga no momento em que a evolução da melodia atinge seu ápice...

Que mistério é este que forma um balé de sonhos à nossa volta...
Com nuances de uma sobrenatural e interminável viagem...
Que mistério é este que arranca de dentro do meu coração as palavras que escrevo ao ouvir esta música...?

É o mistério da sensibilidade da alma!
É o mistério da busca, do desejo, do amor, da tristeza, da saudade da paixão...
Da emoção, do desespero, da esperança e...
Principalmente da Paz!

É o mistério que neste momento, com esta melodia me faz imaginar a ânsia de subir um morro numa corrida desenfreada;
desesperada para chegar ao topo e ...
Lá do alto com o vento forte batendo em meu rosto que agita minhas roupas esvoaçantes...
Querendo me levar consigo tentando a todo custo tirar este momento mágico e inebriante da minha vida!

Aaahhhh...
Um momento lindo...
Um raro momento que talvez não haja outro!
O momento em que a imaginação ao som desta melodia, une Corpo, Alma e Espírito que se juntam para sonhar!
E, lá de cima bem do alto ...

Contemplar sua majestade o MAR!
Com todo seu mistério, beleza e grandeza como esta música...
Para logo em seguida, cair suavemente ao chão em pranto de emoção adormecer ali mesmo ao som das ondas batendo nas rochas...

Sonhar com a felicidade presente e...
Só acordar quando realmente a encontrar...
Num momento de grande Paz!
Augusto.




Atitude Não Se Perde Ao Vento


Atitude Não Se Perde Ao Vento
S.Bernardelli

Palavras...
Palavras ao vento...
São simplesmente palavras.
São paixões esquecidas...
São amores perdidos...

São lembranças imortais
Palavras de carinho...
Palavras de amor...
Palavras com emoção...

São simplesmente palavras.
Palavras que o vento levou...
Palavras que somente foram...
Palavras.


Almas Amantes


Almas Amantes
Caio Amaral

Almas amparadas pela força e magia do amor
Da poesia tomam a forma de um lindo verso
De um sonho colorido são delas a mais bela cor
Crescem como a força incontinente do universo

Das estrelas no infinito são as de maior grandeza
No cosmo ostentam o brilho de uma constelação
Límpidas e puras de magnitude, graça e beleza
Ardem em desejos como labaredas de sedução

Não importa onde nossas almas possam estar
No duplo etéreo sempre unidas estarão a levitar
Se em corpos ardentes, com prazer irão se amar

Habitam vidas reverenciando carinho e fascinação
Por isso, unidas eternamente, sempre estarão almas amantes...
É o que elas são!


Calado...


Calado...
William Marques

Sinto-me um pouco vazio, as esperanças esvaíram-se de mim.
Os castelos eram de areia, se foram juntos com meus sonhos.
Acordei para a realidade, e tudo era escuridão...

Meu coração calado só chorava, perdido na ilusão do nosso amor.
O frio de tua ausência me castigava...
Gritava por você e não te achava.
Calado fiquei...

A música que tanto ouvíamos, já não me alegrava...
Era como um punhal encravado em meu peito.
Até a lua se escondeu de mim...
As estrelas apagaram-se...

a alegria partiu, deixando o palco da vida sem aplausos...
Mas eu sei que o meu amor não cala...
Ele grita e não desiste...

Mesmo que eu me cale...
O amor sempre falará mais alto...
Eu sei que o amor vai me trazer você...
Assim a cortina da vida...Irá se abrir
Com a alegria dando seu show...

A lua virá iluminar esse palco...
Seu sorriso trará todas as estrelas de volta.
Calado ainda estou...
Mas meu amor por você Grita.

Publicado do recanto das letras em 16/05/207
Código do texto T489845.





Juras Em Silêncio!

Juras Em Silêncio!
Masé Frota.

Guardei só p´ra mim despretensiosas palavras a serem reveladas certamente quando não mais alarmar a mente nem meus ouvidos incessantemente.

Envolta em tuas decisões reforçaram minhas descobertas, quando sombreaste tuas verdades marcando a ausência sem despedidas procurando viver teu mundo sem opções.

Busquei você... Em mim
Realmente não o encontrei

Senti então falência do nosso amor, dentro de paixões efêmeras incontidas insensíveis e fugazes, aparentemente esquecidas.
Caminhei entre veredas empoeiradas de amor, ansiando reencontrar tuas insinuantes paixões encontrando apenas descaso a contramão deste caso de amor alimentado na sofreguidão.

Bradei em alaridos de amargor provando lágrimas recheadas de dores, derramadas com a esperança que no despertar aos quatro ventos novamente você; irei desencantar ecoando sonhos reais para todo o sempre este Amor.
Fortaleza - CE
2007-06- 03