quarta-feira, 6 de junho de 2007

Revés.




Revés.
Wilson de Oliveira Carvalho

Na angustia de uma saudade e ainda que minha alma peça paz, tento ludibriar a razão para poder te encontrar, te olhar e assim, amenizar o meu caminhar nesta sofrida senda, onde vivo lembrando como foi bom te amar .


Mas a dor que só maltrata não deixa o teu nome clamar, quando é tamanha a vontade de morder os teus lábios na volúpia dos meus desejos...

A realidade de meu silêncio indica que estou sozinho, convivendo intimamente com um passado de coisas mortas.
Irresistível indolência, total insensibilidade, inebriante momento sempre determinando que eu viva com a solidão, somente...


Horrível revés hoje amontoado na prateleira do empoeirado deserto de minha vida, onde nada vejo a não ser a mim mesmo ou, quando o abismo profundo permite ver a ruína do que restou...
http://www.recantodasletras.com.br/autores/wilsonocarvalho



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