quarta-feira, 6 de junho de 2007

Nestas Horas...



Nestas Horas...
José Geraldo Martinez

Nestas horas quando é quase madrugada torno-me alma vagante...
Vou lá beijar os lábios da minha amada, em tranqüilo sono repousante.
Cubro-a, sem que perceba, acompanho os seus sonhos sem fins...


Antes que eu me despeça, é a alma dela quem me beija, no aroma fresco dos jasmins!
Nestas horas quando é quase madrugada, sou alma esparramada no sereno...
Assim espero a alma da minha amada, para entregarmos juntos ao luar o amor que temos!
Nestas horas...


O poeta é o último a dormir!
Quiçá confessem as auroras, quando dele vieram se despedir...
Aos ouvidos da minha amada, quiçá, confessem as auroras!
Quando acordar em manso e belo madrigal...


Sentindo nossas almas que ainda namoram, no suave vento que beija o trigal...
Nestas horas quando é quase madrugada, onde os laranjais despencam em flores brancas, quiçá, pudesse confessar, estrela matutina, as nossas almas por muitas danças...


É nestas horas que não estou em mim, quando é quase madrugada...
Sou raio de luar, arcanjos e serafins, a zelar o sono de minha amada!
Sou alma pura, invisível figura...


Sou o homem que ama, a parte boa que Deus me deu!
Nos sonhos de minha amada sou entrega pura, sou ternura, quando embalada estiver nos braços de Morpheu!
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"Machucar uma mulher, em todos os sentidos... Descredencia-o a caminhar por qualquer alma feminina". (Martinez)
www.josegeraldomartinez.hpg.ig.com.br/



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