Canto do trigo
Sandra Ravanini
Chamou-me de filha num gris momento conciso, e nesta maldita madrugada de dúvidas e espera, leu a minh’alma que nada mais ou menos revela, além das águas que escoam deste cínico paraíso.
Ah! Tentei transbordar em dança, vi um caudal no sentimento único da tua aquecida imensidão, tentei com a lágrima atingir o fio da depreensão deste inferno confuso onde queimo todo meu sal.
Alguém chamou e eu ouvi os cânticos dos trigos?
Deusa da semente semeie em mim algum sorriso, cessando a dor que sustenta o frio em que derriço e quem sabe, finde a tristeza que por ora eu irrigo.
Então...
Todas estas sombras que me miram lá fora, se esvaeçam em névoas que vêem estes opacos olhos e a gota mais doce consagre o amargor que eu colho, transbordando em vidas essa fuligem que me devora.
15/04/2007
Sandra Ravanini
Chamou-me de filha num gris momento conciso, e nesta maldita madrugada de dúvidas e espera, leu a minh’alma que nada mais ou menos revela, além das águas que escoam deste cínico paraíso.
Ah! Tentei transbordar em dança, vi um caudal no sentimento único da tua aquecida imensidão, tentei com a lágrima atingir o fio da depreensão deste inferno confuso onde queimo todo meu sal.
Alguém chamou e eu ouvi os cânticos dos trigos?
Deusa da semente semeie em mim algum sorriso, cessando a dor que sustenta o frio em que derriço e quem sabe, finde a tristeza que por ora eu irrigo.
Então...
Todas estas sombras que me miram lá fora, se esvaeçam em névoas que vêem estes opacos olhos e a gota mais doce consagre o amargor que eu colho, transbordando em vidas essa fuligem que me devora.
15/04/2007