As Horas
Anderson Julio Lobone
Numa noite dessas, meu olhar aprendeu - confesso a fórceps, que não é que capaz de deter as horas.
Anderson Julio Lobone
Numa noite dessas, meu olhar aprendeu - confesso a fórceps, que não é que capaz de deter as horas.
Essas doidivanas que, em minhas primaveras insistem em descompassar a minha espera por um urro aflito do telefone.
E ante ao bule de café adormecido e frio, sigo a praguejar um amanhã vazio ou quiçá, uma eternidade assim.
Prazo vencido, as esquinas se reapresentam como portadoras de minhas dores menos agudas.
E ali permaneço...
Anoiteço...
Esmoreço...
E o recomeço, é o fingir não lembrar do ontem...
E tampouco de anteontem.
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