quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

As Horas


As Horas
Anderson Julio Lobone

Numa noite dessas, meu olhar aprendeu - confesso a fórceps, que não é que capaz de deter as horas.


Essas doidivanas que, em minhas primaveras insistem em descompassar a minha espera por um urro aflito do telefone.


E ante ao bule de café adormecido e frio, sigo a praguejar um amanhã vazio ou quiçá, uma eternidade assim.


Prazo vencido, as esquinas se reapresentam como portadoras de minhas dores menos agudas.


E ali permaneço...
Anoiteço...
Esmoreço...


E o recomeço, é o fingir não lembrar do ontem...







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