Ordálio
Anderson Julio Lobone
Anderson Julio Lobone
Outra vez, quis em vão, me ausentar do teu mundo.
Qual um eremita, mergulhar no deserto da minha alma frágil e sem calma.
Todavia, desta feita, como num ordálio previsível e sombrio, tua voz me inundou em ondas fatais, e tuas mãos, hoje calejadas, tocaram leves...
Meu sorriso guardado em caixa de papel crepom.
Heroína e vilã, eis me outra vez aos teus pés.
Rapapés a ti...
E minhas juras de volta aqui.
Meu pedido, em tom dolorido:
Cuide do teu refém, ou o deixe...
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