sábado, 15 de março de 2008

Soneto 15


Soneto 15
William Shakespeare

Quando penso que tudo o quanto cresce só prende a perfeição por um momento, que neste palco é sombra o que aparecevelado pelo olhar do firmamento; que os homens, como as plantas que germinam, do céu têm o que os freie e o que os ajude; crescem pujantes e, depois, declinam, lembrando apenas sua plenitude.

Então a idéia dessa instável sina mais rica ainda te faz ao meu olhar; vendo o tempo, em debate com a ruína, teu jovem dia em noite transmutar.
Por teu amor com o tempo, então, guerreio, e o que ele toma, a ti eu presenteio.


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