sábado, 15 de março de 2008

Lua Soberana



Lua Soberana
Sandra Lúcia Ceccon Perazzo


Quando a lua soberana aparece descortinando o céu permitindo o chegar da noite misteriosa escuto seus beijos que me chamam sinto o roçar dos seus lábios clamando.

Cavalgo saltando barreiras vou assim ao seu encontro.
Chego devagar bem de mansinho deixo-me prender deliciosamente.
Sou Presa nas garras do Lobo que me liberta libero todos meus sonhos canto meus desejos.

Revelo todos os meus segredos entrego-me a você que me domina e guarda.
Entre murmúrios e sussurros desnudo minh'alma deixo falar o coração.
E na insônia da lua eu deito no céu da sua boca.

Sinto seus prazeres que são os meus junto com os seus.
Misturamos paixões silenciamos o vento.
Transformamos as estrelas em constelações rebeldes fazemos cumplicidade com as nuvens que nos encobrem desenhando formas e contornos.

Na quietude da noite dançamos com sonhos escondidos.
Queimamos pecados no fogo do esquecimento.
Transbordamos no amor que nos condena.

Em rede navegamos madrugadas nas sombras da nossa insônia.
Os cometas incendeiam nossos corpos que brilham em pele nossas almas.
Quando a noite soberana aparece eternizamos momentos até saudar o dia que amanhece...

03/04/2006
Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T159743


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