sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Espelhos de Mercúrio

Espelhos de Mercúrio
Carlos Assis

Na parede exausto o pincel abandona a forma desenho que quer ver pronto, realidade na fantasia.

A boca sabor de fruta de manga e maracujá desejo e vontade do outro carne se entregando na carne.

Um rosto escondido num quadro o coração desfeito em nada.
A melancolia da lua crescente refletida no mar de Júpiter.

As estrelas respirando no espaço o valor das coisas balançando num galho por entre as folhas verdes.

O passo mais inseguro nas chamas é sempre o último.
A mente traidora julga.

A dor e o desespero.
A cor desliza sobre a tela.
Fumaça cobrindo sentimento faces em meio ao destino montanhas sem nome.


Nenhum comentário: