sábado, 10 de novembro de 2007

Chora Alma

Chora Alma
Janete Cerqueira

Hoje farei os versos mais tristes...
Deixarei minha alma chorar.
Deixarei o meu sangue da dor rolar.

Chora alma na luminosidade do dia na escuridão da noite sem lua.
Que minha alma chore que inunde o mundo que meu sofrer é urgência de quem já se foi.
O tempo é de cuidadoso.

É tempo de chorar e, sobretudo de vigília.
A inimiga, esta solto e se disfarça, mas como usa botas, fica fácil distinguir-lhe o tacão grosso e lustroso que pisa as forças claras da verdade, e esmaga os verdes que dão vida ao chão.

O tempo é de mentira.
A sombra já desceu me protejo da violência que amarra a liberdade.
Em pleno vôo escondo a rosa espanto a mariposa colorida.
É perigosa esta tua alma que nunca chora.


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