segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Eu, paisagista.


Eu, paisagista.
Sandra Ravanini

Descrever-te imagem dando o antídoto à beberagem; eu, paisagista espargindo o óleo retido nesta unção adocicada, plenificando afã alucinação, numa revanche multicolor entre a estátua e a imagem.

Desprender o agonizante amanhã descortinando o voal e na transparência da miragem colorista eis - me hoje celestial, caminhante paisagista esculturando teu olhar no clamor do cio de um caudal.

Apagar de mim o rastro limiar alando o agoniar no instante que esta face à minha face enfim voltou, e àquela estátua marmoreada ante a cal desmoronou nesta noite de pintura, desseivando eu, ao te pintar.
05/08/2007



Nenhum comentário: