Tempo do fim
Sandra Ravanini
Foi um tempo que o tempo antes de mim, tempo que era a Era do começo e do fim, e no templo que o tempo ruiu num dia ruim libertei-me de asas e de cruzes e de anjos de marfim.
Nas ruínas antes do início do meio e do fim, lançaram-se lanças ao vento apontadas contra mim, caindo na noite, investindo e vestidos de Serafim, sangraram minh’alma, calaram meu não e calaram meu sim.
Algum tempo fiquei perdida dentro de mim, vagando no templo distante do tempo e do lugar de onde vim, e no túnel do tempo dentro do fim, afastei-me assim, qual condenada galé acorrentada em meu estopim.
Por entre fronteiras e em muros, limitada em meu próprio motim, e na loucura das auroras do extremo longínquo de almas afins, em perplexa orgia, encarei a distância in absentia invadindo confins; criei-me na lenda e em lua absíntica refletindo-me enfim.
20/06/2005
Sandra Ravanini
Foi um tempo que o tempo antes de mim, tempo que era a Era do começo e do fim, e no templo que o tempo ruiu num dia ruim libertei-me de asas e de cruzes e de anjos de marfim.
Nas ruínas antes do início do meio e do fim, lançaram-se lanças ao vento apontadas contra mim, caindo na noite, investindo e vestidos de Serafim, sangraram minh’alma, calaram meu não e calaram meu sim.
Algum tempo fiquei perdida dentro de mim, vagando no templo distante do tempo e do lugar de onde vim, e no túnel do tempo dentro do fim, afastei-me assim, qual condenada galé acorrentada em meu estopim.
Por entre fronteiras e em muros, limitada em meu próprio motim, e na loucura das auroras do extremo longínquo de almas afins, em perplexa orgia, encarei a distância in absentia invadindo confins; criei-me na lenda e em lua absíntica refletindo-me enfim.
20/06/2005
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