Ontem, desejosa de reaver um passado em que imaginei ter encontrado a felicidade, subi as escadarias do sonho, vestida de uma credulidade criança, pois o amor ainda existia em mim, pulsava com o vigor de outrora, e como tal fui buscar a outra metade, o que seria, juntando as partes, fazer o todo perfeito...
Quanta ilusão!...
Ao chegar só vi destruição...
Do que eu havia deixado, não havia mais nada, no lugar, pedaços do que eu construíra e acreditara ser indissolúvel, espalhado pelo chão...
Eu desejara apenas "dar um tempo", confiará, sem levar em consideração o mesmo tempo, esse tempo que, sem comiseração, tudo apaga...
Triste, desiludida comigo mesma, desci a escadaria da desilusão...
Conformada, pois não dera o real valor para o que eu tinha, agora me restavam as lágrimas,
Conformada, pois não dera o real valor para o que eu tinha, agora me restavam as lágrimas,
a dor da perda, o vazio, a solidão!...
Paguei o preço da displicência...
Paguei o preço da displicência...
Meu amor me esquecera, colocará outra em meu lugar...
Com o coração aos pedaços, aprendi mais uma lição:
Com o coração aos pedaços, aprendi mais uma lição:
- Nem a tudo, devemos dar tempo ao tempo...
Santo André
Santo André
SP -20.05.2005
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