sábado, 2 de junho de 2007

Momentos de solidão...


Momentos de solidão...
Helô Abreu

Momentos de solidão, horas de vazio sentimental...
Instantes em que nosso coração está perdido, mas, será que a solidão é só uma perdição do coração?

Será que na solidão apenas nos sentimos perdidos?
Perdidos como um barco no Mar, sem onda favorável?
Perdidos como uma estrela que não sabe como brilhar?

Não, solidão é muito mais que um desencontro com a vida, ela tem a tristeza, a saudade, tem a fantasia de chorar...
Muito mais que um simples perdido é o SER só...

Solidão significa que ninguém nos encontra com o coração...
Tentamos subir a mais alta montanha e chamar por alguém...
Alguém que não se saiba onde vive, mas que nós chamamos...

Gritamos até que o sentimento se transforme em voz suave, gritamos com a simplicidade de quem está ancorado na solidão, esperando que o seu grito, o seu sopro seja ouvido e sentido...

Mas, a solidão não permite, deixa o grito perdido no vento, perdido na leveza de um sopro de alma e não existe eco...
Se houvesse eco, talvez alguém o ouvisse, o amasse...

Mas, não há eco, apenas um grito levado pelo vento, sem destinatário...
É isto a solidão, uma alma vazia, sem encontro...

Quer estejamos lançando nosso grito na mais alta montanha, quer o lancemos no mais eterno e profundo vale, se o nosso coração é só, aliado com a solidão, apenas soltamos o grito de desespero sem rumo, esperançado em que o eco o faça ouvir por alguém...

Porém, o eco não existe e se existe é um eco só e cruel, transformando nosso grito em eternos momentos de solidão!





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