sábado, 8 de setembro de 2007

Damas Brasileiras...


Damas Brasileiras...
Josemir Tadeu


Eis as damas...
Vértices do apogeu das vertentes humanas.
Olhos coloridos?

Não...
Talvez um tom avermelhado, fruto, de um objetivo, buscado, que é o de manter vivas, todas as vidas por elas geradas e geridas...
Orgulho Imaculado.

Cheiro forte de verdadeira Vida.
São Brasileiras!
Ímpeto e garra alvissareiro, oriundos de descendência guerreira.

Negras, sim senhor!
E daí?
Apedrejam-nas pelo fato, delas fazerem-se por si?

Espargem-se pelas taperas, onde mais visível é o sofrimento, que se faz à vera...
Espargem-se pelas casas, onde pedras soltas, num encaixe perfeito, dão-lhes asas..
Verdadeiros palácios de alvenaria...

São no breu da noite, a luz que ilumina o dia.
E suas roupas?
São da riqueza de sua tez.

Pois que desconhecem entremeios, não desfilam pela passarela do talvez...
Magras sem serem modelos...
A não ser que a mídia explorasse, como beleza o denodo, o desvelo...

Suas roupas são a sua pele!
Maravilhoso brilho de altivez, que de quando em vez, sibilam com a brisa, e reforçam cantos de pássaros.
Olhares fortes, ações incisivas...

São sofridas, esquecidas...
São pelos pseudo-intelectuais abolidas.
Os poetas não se reportam, em seus versos, à essas heroínas aguerridas.

Pra quê?
Preferem talvez focar Ipanema...
Zona de alto movimento, "Points" do que menos se faz brasileiro...
Mas TODOS somos Brasileiros!

Uns mais, outros menos...
Meninas e mulheres...
Mais tarde mães.

Sangue onde circula o orgulho, onde não se guarda entulho, pois que fartura não há...
Não existem sobras, onde essas autênticas heroínas, não escondem das faces as dobras, e sequer conhecem letras...
Não existem lá pingentes ou ninfetas, existem damas, musas...

É da pobreza, o cime do que se faz verdadeiro orgulho.
São na realidade, ricas.
Afortunadas e líricas.

E mantêm os seus costumes.
Seus Santos, seus ritmos.
E quando em vez, vai lá um compositor, ou um pseudo-historiador, pra inserir-lhes no contexto.

Precisam ser inseridas no censo.
Precisam fazer-se números.
Números são sinônimos de votos...

Ah, hedionda sensação de vergonha, que agora me assola...
Vontade que me arde, ao ver o sofrimento dessas belas SENHORAS.

Pertencem as Elites da Verdadeira Sociedade, que de Honra, Vergonha, Tenacidade, fizeram de seus filhos, crianças que realmente Respeitam, e AMAM A PÁTRIA AMADA.

Filhos gentis, que longe de serem febris, labutam...
Não roubam...
Não postulam cargos...

Nem tampouco têm alma e corpo, atrelados ao sentimento parco e porco, de Venderem o seu País.
Qual, nada, mulheres de Atenas...
Mulheres mesmo são essas, que a duras penas, conseguem passar essas fisionomias amenas...

Essa tranqüilidade, imensa, serena, de que se fizeram, independente dos que se "dizem brasileiros (as)...".
Longe das bandalheiras.
Distantes das roubalheiras.Bem no centro do Céu, onde pulula, o Azul Celeste que tremula, de forma altaneira, na Altivez de NOSSA BANDEIRA!



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