sábado, 8 de setembro de 2007

Amor Errante


Amor Errante
Fanny

Abrem-se os portais da madrugada na esperança que chegues com o beijo da Lua, mas as estrelas escondem-se...
Murmuram-me somente ausências de ti.
Vagueio pelas veredas dos meus silêncios, abro as janelas do horizonte, mas apenas vislumbro a escuridão e a saudade que chora por ti aconchegada em minha solidão.
Às vezes, nem sei se adormeço...
Sei que sonho que vens até mim e o meu sorriso, galga, o infinito, querendo tocar-te...
Amar-te.
Ouço as melodias peregrinas da noite e o teu olhar parece estar a seguir-me disfarçado nas sombras da lua e do vento.
Mas não!...
São somente recordações...

Que teimam em renascer nos labirintos do meu coração submerso em fantasias e ilusões.
Ouço os suspiros do universo...
Percebo o convite para sonhar...

Quem sabe a tua presença chegue até mim, se eu cerrar as pálpebras do desejo?
Quem sabe, eu possa sentir a canção mágica do sonho?
Talvez!
Talvez os teus lábios me acordem a soletrar em sussurros a palavra:
"Amor...".
Depois, o silêncio do beijo.


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