quinta-feira, 3 de maio de 2007

Dueto- Falando ás Rosas/ Falando dos anjos disfarçados


Falando Ás Rosas.
Sil Cervantes

Queixar-me-ia às rosas, mesmo sabendo que não falariam.
Imploraria silêncio aos poetas, sabendo que não calariam e choraria...
Mil vezes choraria para não ser o que sou...
Mas que bobagem!
Dedilho em vão palavras ao vento, nem sempre certas no intento...
Outras tantas até mesmo invento...
E não aprendo...
O tempo passa, a vida segue seu rumo, e eu continuo em meu mundo, fechada em meus castelos,
em sonhos que acabam em nada, e levam a lugar de nome "nenhum".
Na verdade, acho que nunca quis mesmo chegar...
Só quis caminhar...
Andarilha forasteira de distâncias inatingíveis sem fronteiras, nem barreiras intransponíveis...
Em meu mundo inocente, indecente mundo inventado, desencarnado...
Mas que pena!
Soa tão desalmado...
Então, recolho-me às rosas...
Que não falam, mas me ouvem, na também calada da noite muda, muda...
*******************
Falando Dos Anjos Disfarçados
Rosa Pena

E se me perguntam cadê as asas, respondo que estão em forma de sorriso.
E se me perguntam como voam, respondo que não precisam voar, pois chegam aos corações apenas com o olhar.
E se perguntam como reconhecê-los, grito:
- Busque-os nas ações.
E se ainda não contentes ordenam:
- Desembucha!
Digo que os procurem em forma de Bruxa.
Arte de Sil. Sabóia






















































Nenhum comentário: