sexta-feira, 27 de abril de 2007

O velho e o mar.



O velho e o mar.
Jose Luiz Donatto

O velho lobo do mar de olhar turvejado pelo tempo de uma vida
após o outono partiu para o grande oceano.
Aproa ao sabor do vento...
E lança o seu barco ao mar içando as suas longas velas.

Sem limites para sonhar,quer netuno encontrar nessa primorosa aquarela.
Viaja em dupla jornada: no mar, e para dentro de si.
Dessas duas metas na vida, navegar é a sua preferida,
pois não lhe deixa distrair...

Com as ilhas de um pensar ou um recife de esquecimento.
Pois, se a solidão lhe traz calmaria, vem tempestades de agonias
num revoltoso mar de tormentos.
Mas, a paz de um navegar, traz-lhe coragem para lutar.

O mundo inteiro é só luz, de uma estrela que lhe induz a uma vontade de sonhar...
Lembrando do berço infante, de nascentes, fontes e poente.
Da terra onde andou inocente vivendo tão alegremente,
sob a luz de uma estrela cadente.
Andejo vai pelos mares procurando um ensejo para nunca parar de sonhar.
O “é preciso navegar...".

Satisfaz-lhe o itinerante desejo. Netuno que o velho procurava
foi-se como um vozear
distante, quando a nova manhã chegava.
Mas...
Um sonho mal começava!
Ao seguir o velho mar adiante...
12 /04 /07



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